Acreditamos que a Bíblia, que inclui o Antigo e o Novo Testamento, é a Palavra de D-us, inspirada e que revela Sua intenção para a humanidade sob Sua direção divina. Ela é a única fonte de autoridade para a fé e a prática do seu povo, como mencionado em 2 Timóteo 3:16. O Antigo Testamento, que contém 39 livros, é organizado em três partes: Torah (Lei), Nevi'im (Profetas) e Ketuvim (Escritos), conforme Yeshua Hamashiach afirmou em Lucas 24:44. Já o Novo Testamento, que possui 27 livros, narra a vida de Yeshua Hamashiach e o surgimento da Kehilah (Igreja), incluindo epístolas que guiam a Igreja até os dias atuais, como indicado em 2 Pedro 3:16.
Hebreus 4:12 nos recorda que "a palavra de D-us é viva e poderosa", servindo como nossa orientação para viver conforme a vontade do Eterno.
Acreditamos que o Eterno é uma entidade pessoal, dotada de inteligência superior, sabedoria, amor, justiça, poder e controle. Ele é o D-us único, echad (um e indivisível), conforme está registrado em Deuteronômio 6:4: "Escuta, ó Israel, o Senhor nosso D-us é o único Senhor." Ele é a origem de toda a criação e o governante de tudo que existe.
Acreditamos que a Palavra se tornou carne, assumindo a plena humanidade para passar pela morte e ressuscitar, com o objetivo de nos oferecer a vida eterna. Ele é o único Filho de D-us, o Messias que foi anunciado pelos profetas. Como está registrado em João 1:14. Durante seus dias como homem, enfrentou todas as tentações, mas nunca cometeu pecado, conforme Hebreus 4:15. Ele atua como mediador entre D-us e a humanidade, conforme 1 Timóteo 2:5.
Acreditamos que o Espírito Santo é D-us em sua essência, não uma entidade separada ou uma terceira pessoa, mas sim a manifestação e poder divinos em atividade, orientando a transformação do pecador e conduzindo a Kehilah (Igreja) e sua liderança em toda a verdade. Conforme mencionado em João 14:17. O Espírito Santo nos ensina e nos orienta na verdade completa, de acordo com João 16:13.
Acreditamos que a humanidade foi criada de maneira perfeita e foi honrada por D-us, sendo designada como governante de toda a criação. No entanto, devido a sua própria decisão, o ser humano cometeu um erro, trazendo a morte e a escravidão a todos. Consta em Gênesis 1:26: "D-us declarou: Criemos o homem à nossa imagem, de acordo com a nossa semelhança; e ele governará sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais e toda a terra." Contudo, em Romanos 5:12, entendemos que "assim como o pecado entrou no mundo através de um homem, e a morte por meio do pecado, assim a morte se espalhou a todos os homens, pois todos pecaram."
Acreditamos que a humanidade é mortal, uma vez que perdeu o direito à árvore da vida no Éden, conforme a passagem de Gênesis 3:24. A única maneira do homem ter vida eterna é por meio da aceitação do sacrifício de Mashiach Yeshua. Após a morte, o homem permanece inconsciente no solo, de acordo com Eclesiastes 9:5. A ressurreição acontecerá em duas etapas: a primeira ressurreição, que é para a vida eterna, conforme Apocalipse 20:4-6. A segunda ressurreição será para o julgamento, após o Milênio, como está escrito em Apocalipse 20:12.
Acreditamos que, na chegada de Mashiach Yeshua, os santos que já morreram serão trazidos de volta à vida, enquanto os santos que ainda estiverem vivos passarão por uma transformação, ganhando imortalidade, de acordo com 1 Tessalonicenses 4:16-17. Juntos, esses santos acolherão o Senhor, que será instalado em Seu trono messiânico em Jerusalém, conforme está escrito em Jeremias 23:5. Mashiach Yeshua tomará conta do governo da terra, enquanto os santos atuarão como reis e sacerdotes, dirigindo as nações ao lado d'Ele, conforme Apocalipse 5:10. As nações, que surgirão do remanescente sobrevivente da denominada “Batalha do Armagedom”, servirão ao Senhor como seres humanos, segundo Apocalipse 20:4-6. O Milênio será um período real, marcando a transição da Terra do seu estado atual para o paraíso do Éden, conhecido como Olam Habah (mundo vindouro), conforme Lucas 1:31-33.
Consideramos que, enquanto nação, diversos israelitas que não aceitaram a Nova Aliança e o Mashiach Yeshua se tornaram insensíveis durante o primeiro século da Era Comum, criando assim a oportunidade para a integração dos gentios convertidos na Kehilah (Igreja), que representa a Comunidade de Israel, conforme mencionado em Efésios 2:11-22. Embora um número significativo de israelitas tenha acreditado na mensagem de Elias (através da Kehilah) hoje, será somente quando a plenitude dos gentios estiver completa, e de forma mais precisa na chegada do Mashiach, que o restante de Israel reconhecerá Yeshua como seu Messias, conforme Romanos 11:25-26. O retorno em 1948, com a criação do Estado de Israel, valida as profecias, conforme Zacarias 12:10.
Acreditamos que, ao final dos mil anos do Reinado Messiânico, Satanás será libertado de sua prisão e sairá para enganar as nações na Terra, preparando-se para uma batalha final contra Yeshua HaMashiach, o Messias, e Seu trono em Jerusalém. Está escrito em Apocalipse 20:7-9. O fogo de D-us descerá dos céus e consumirá os adversários de D-us. Os pecadores que forem ressuscitados passarão pelo Juízo Final e serão lançados no Lago de Fogo, enfrentando a segunda morte, como mencionado em Apocalipse 20:14-15. A própria morte será finalmente eliminada, como diz 1 Coríntios 15:26. Por último, a Terra será completamente purificada e a Santa Jerusalém descerá do céu, de acordo com Apocalipse 21:2. Este marcará o início do mundo vindouro, o Olam Habah, conforme Apocalipse 21:4.
Acreditamos no cumprimento das 613 Mitzvot (mandamentos) da Lei de D-us, que abrange os Dez Mandamentos, seguindo-os conforme as diretrizes da Nova Aliança. A Lei de D-us não foi eliminada, mas cumprida por Yeshua, e permanece vigente, sendo inserida em nossos corações, de acordo com Jeremias 31:31-33. Essa promessa se concretiza em yeshua, conforme é ensinado em Romanos 3:31.
Acreditamos que o Sábado (Shabat) representa um pacto entre o Criador e Seu povo, sendo observado do pôr do sol até o pôr do sol, distinguindo-nos como a nação de Israel e o D-us que criou os céus e a terra, conforme Êxodo 31:17. O Shabat também simboliza os gentios que acolhem o Eterno, Sua aliança e o povo de Israel, como afirmado em Isaías 56:6-8. O Shabat foi praticado pela Igreja nos tempos apostólicos, conforme citado em Lucas 23:54-56. Também é destacado em Ezequiel 20:12, 20 que o Shabat é um sinal de santidade e de um relacionamento com o Eterno.
Acreditamos que, ao sermos preenchidos pelo Ruach HaKodesh (Espírito Santo), a observância dos mandamentos da Torah se torna muito mais fácil, como ensinamos em Romanos 8:4. O Espírito Santo nos habilita a viver em santidade, ou seja, em distinção em relação aos outros povos, conforme está escrito em Hebreus 12:14. Assim, os mandamentos de D-us nos consagram, atraindo as bênçãos do Eterno, conforme descrito em Deuteronômio 28. Entretanto, os mandamentos não são considerados obras que garantem a salvação, pois a salvação é pela graça, como demonstrado em Efésios 2:8-9.
Acreditamos que o custo do perdão para os israelitas que aceitaram a Nova Aliança, assim como para a salvação dos gentios, foi inteiramente suportado por Yeshua HaMashiach em Sua crucificação, através de um sacrifício único e perfeito. Isso está de acordo com o que diz Hebreus 10:10 e Efésios 2:8. Nossas ações obedientes à Lei são a expressão de nossa fé, conforme declarado em Tiago 2:26. Contudo, a salvação não pode ser alcançada por meio da obediência ou do esforço individual, uma vez que Romanos 5:1 afirma que a salvação é um presente divino, não algo que possamos conquistar através de nossas próprias ações. A obediência nos transforma e nos proporciona as bênçãos do Eterno. Em Deuteronômio 28:1-2. Nossos atos de obediência nos consagram e nos distinguem como um povo eleito, nação santa e sacerdócio real, 1 Pedro 2:9.
Acreditamos que é importante nos abster de alimentos inadequados e a ingestão de carnes de criaturas consideradas impuras, de acordo com os ensinamentos da Torah, conforme descrito em Levítico 11:4-8 e em Deuteronômio 14:3-8. Essas regras alimentares, estabelecidas por D-us em Sua Palavra, representam um símbolo de santidade e conformidade com Sua vontade.
Acreditamos na importância de se arrepender dos pecados, assim como na total submissão e obediência a D-us, por meio do reconhecimento da Nova Aliança e da aceitação de Yeshua como o Messias e Salvador, tanto para os israelitas quanto para os gentios, a fim de alcançar o perdão e a purificação de todos os pecados. Conforme mencionado em Atos 3:19. A aceitação de Yeshua como o Messias é crucial para a salvação, de acordo com João 14:6. A conformidade com Sua palavra e a rendição ao Seu comando são essenciais para vivenciar a purificação dos pecados e manter um relacionamento com D-us. 1 João 1:9.
Acreditamos que o batismo, realizado por meio da imersão e em nome de Yeshua HaMashiach, nos garante a condição de participantes da Nova Aliança, celebrada entre o povo de Israel, e a inclusão na Oliveira (Israel) dos gentios convertidos, que não são mais considerados estrangeiros. Romanos 11:17. Através dessa Tevilah (batismo), obtemos a total remissão dos pecados e representamos a morte, sepultamento e ressurreição junto ao Mashiach, conforme Atos 2:38 e em Romanos 6:3-6.
Acreditamos que, em relação às roupas e a outros costumes, tanto os homens quanto as mulheres devem ser discretos e modestos em sua vestimenta e atitudes. Conforme ensinado por Yeshua, devemos brilhar como luz no mundo, e nossa retidão deve ser superior à dos fariseus mais devotados, como mencionado em Mateus 5:20. Devemos nos vestir de forma modesta, evitando tudo que possa nos levar à sensualidade, especialmente em relação a roupas e acessórios, como está dito em 1 Timóteo 2:9-10. Maquiagens, esmaltes, roupas apertadas, transparentes e decotadas costumam chamar a atenção do sexo oposto, sendo, por isso, inadequadas para nós. Veja Deuteronômio 22:5. Além disso, a Lei ensina que não devemos misturar vestimentas entre os gêneros e é importante seguir essa recomendação. Finalmente, devemos lembrar que somos "Bnei Melachim" – filhos do Rei, e, como príncipes e princesas, devemos nos apresentar de maneira bonita, mas sempre honrosa e respeitosa. Como está escrito em 1 Pedro 2:9.
A palavra do Eterno é o nosso "livro" e nossa "moda", que nunca sai de cena!
Consideramos que a Ceia seja observada após o dia 13, no início do dia 14, seguindo as orientações de Yeshua, conforme indicado em Lucas 22:19. Nesse momento, realizamos o lava-pés, seguindo o exemplo de Yeshua, como descrito em João 13:14-15. Celebramos o Pêssach, uma das festividades mais significativas do Eterno, que recorda o "pulo" ou a salvação do anjo da morte no Egito e a libertação do nosso povo da escravidão. Isso é mencionado em Êxodo 12:13. O Pessach comemora a emancipação e a redenção de Israel, marcando o começo de nossa caminhada rumo à liberdade, como também é mencionado em Êxodo 12:31-32.
Acreditamos que, após a imposição de mãos pelos líderes da congregação, o discípulo pode receber um ou mais dos nove dons espirituais, que podem se manifestar imediatamente ou em um momento posterior, de acordo com a vontade do Eterno, veja Atos 19:6. Não é necessário que todo discípulo batizado no Espírito Santo fale em línguas. Ele pode receber qualquer um dos dons e é considerado “batizado” com o dom que obteve, conforme 1 Coríntios 12:4-11. A concessão do Ruach HaKodesh, que começou em Shavuot (Pentecostes), realiza integralmente a profecia de Joel 2:28-29. Este acontecimento não apenas conferiu poder e autoridade aos apóstolos e discípulos para disseminar a mensagem do Messias, mas também permitiu a interiorização da Torah (Lei) entre os israelitas da Nova Aliança, permitindo que seguissem os mandamentos de D-us de maneira mais comprometida, como profetizado em Jeremias 31:31-34. Cremos nos nove dons espirituais mencionados por Shaul HaShaliach (Paulo), que são distribuídos na igreja e manifestados segundo a vontade de D-us em momentos apropriados e necessários, como descrito em 1 Coríntios 12 e 14. Esses dons são instrumentos pelos quais o Espírito Santo atua na vida dos fiéis para a edificação da Igreja.
Acreditamos que estamos em um percurso sem fim de retorno às nossas raízes, recuperando a essência da Congregação do primeiro século, conforme indicado nas Escrituras. O termo Teshuvah refere-se a arrependimento e ao regresso ao caminho Divino, reestabelecendo a conexão com D-us e com Seu povo. Como mencionado em Atos 3:19. Esse processo de teshuvah é vibrante e sempre em evolução, o que implica que nossa lista de práticas pode ser expandida conforme avançamos em nossa compreensão e nossa submissão à Palavra de D-us.