Porção Sheminí ("Oitavo") | 26/04 - 02/05/2025
Leitura semanal:
Dia 01: Lv 9:1 -24 - Dia 02: Lv 10:1-20 - Dia 03: Lv 11:1-47 - Dia 04: 2 Sm 6:1-23
Dia 05: 2 Sm 7:1-17 - Dia 06: Mc 14:1-31 - Dia 07: Mc 14:32-72
A porção desta semana é chamada "Sheminí" (Oitavo), e corresponde ao trecho de Levítico 9:1 – 11:47. No oitavo dia de consagração e preparação, Moisés convoca seu irmão Arão e seus filhos para darem início aos rituais e à adoração no Mishkân (Tabernáculo).
No entanto, algo trágico acontece durante a inauguração do Mishkân. Sem uma ordem clara do Eterno, os filhos de Arão, Nadáv e Avihú, tomam seus incensários e apresentam “fogo estranho” diante do Eterno.
A punição é imediata e severa, com ambos sendo consumidos pelo fogo enviado por D-us. Moisés então relembra Arão sobre o que o Eterno lhe havia dito: “Eu serei santificado por aqueles que se aproximam de mim, e serei glorificado diante de todo o povo.” (Lv 10:3).
Muitos consideram que a punição imposta por D-us foi desproporcional ao erro dos filhos de Arão. Mas como entender a gravidade do que aconteceu e qual foi o real erro deles? A resposta pode ser encontrada no versículo que se segue à morte dos dois. O Eterno diz a Arão: “Vinho ou bebida forte não bebereis quando entrares na Tenda da Congregação, estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações, para fazerdes a DIFERENÇA entre o SANTO e o PROFANO e entre o IMUNDO e o LIMPO, e para ensinardes aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem falado por intermédio de Moisés” (Lv 10:9-11).
No estado em que se encontravam, incapazes de discernir o que agradava ou não a D-us, eles não estavam aptos para exercer o sacerdócio, pois isso traria confusão e contaminação para o povo do Eterno. Portanto, o problema não estava na intoxicação em si, mas na incapacidade resultante dela: a perda da capacidade de distinguir entre o que é certo e o que é errado aos olhos de D-us.
A Lei de D-us existe para ensinar aos seres humanos como separar o que é justo do que é profano, o que é precioso do que é vil. Isso se aplica não apenas ao plano físico, com a distinção entre alimentos, dias e períodos, mas também nas esferas mais profundas de santificação do nosso espírito e alma.
Questionário:
Recomendamos responder uma questão para cada dia da semana.
Como a atitude dos filhos de Arão ao oferecer "fogo estranho" diante de D-us pode ser compreendida à luz do conceito de santidade e de como isso se aplica às nossas próprias ações em relação ao que é sagrado?
Por que a incapacidade de discernir entre o santo e o profano é considerada tão grave, e de que forma isso nos ensina sobre a importância da clareza moral e espiritual nas nossas decisões cotidianas?
Em que aspectos da vida cotidiana podemos ser tentados a negligenciar a diferenciação entre o sagrado e o profano, e quais seriam as consequências espirituais dessa falha?
O que o episódio de Nadáv e Avihú nos ensina sobre a seriedade com que devemos tratar as instruções divinas e como essa seriedade pode ser aplicada no nosso relacionamento com a fé e com os ensinamentos religiosos?
Como a relação entre santidade e discernimento pode ser vista na nossa vida pessoal, especialmente em relação ao equilíbrio entre os aspectos físicos e espirituais da nossa existência?
De que maneira a instrução divina para Arão e seus filhos sobre a diferença entre o santo e o profano pode nos desafiar a avaliar e reformular nossas próprias prioridades e atitudes em relação à santidade no dia a dia?
Como a punição imediata de D-us a Nadáv e Avihú pode nos levar a refletir sobre a importância de agir com responsabilidade espiritual, especialmente quando estamos em posições de liderança ou influência sobre os outros?
Por. Ir.: Maycon H. Sichelschimidt